6.3.10

Muros e Depois da Guerra - Oficina G3

Muros - Oficina G3

Muros de pedra, muros de orgulho
Que nos separam, e nos envergonham
Muitos já caíram, outros ressurgiram

Muitos preconceitos, muitos já desfeitos
Muitos insistem em existir
Oculto em nossos dias, há uma guerra fria
Vitimas que ninguém vê

Caiam os muros, tirem as pedras
Nossa unidade não é real
Se a verdade é o que pregamos
Porque erramos não sendo um?

Muitos se defendem, escondem a fraqueza
Atrás de mentiras
Que encobrem quem realmente são
Muros que nos envergonham

Confiram a música em http://www.youtube.com/watch_popup?v=v69JK7BFfiw - Aviso! Rock pesado... se não gosta, não clica.


Depois da Guerra

Vejo ruínas de uma guerra
Mais uma guerra por nossas mãos
As armas foram as palavra
sA vaidade, a motivação

Feridas que sangraram a alma
A fé de muitos se perdeu
Um dia irmãos, hoje inimigos
Matou-se o amor que um dia nos fez um

Quem vencerá?
Uma guerra entre irmãos
Uma guerra perdida
Quem perderá?
O povo escolhido
Um povo ferido

Quebradas foram as alianças
Palavras que trouxeram divisão
Pregadas, cantadas, faladas
Por muitos que diziam ser irmãos

Feridas que sangraram a alma
A fé de muitos se perdeu
Na cruz o exemplo nos foi dado
Onde ficou o amor que nos fez um?

Confira este também: http://www.youtube.com/watch?v=nUEwijLllQQ - Este é um vídeo com animação.

O QUE NÃO QUERO MAIS


A postagem abaixo não é minha, foi uma grande amiga que escreveu a Ana Cristina (foto acima), o post de onde retirei esta aqui http://notasdeaprendiz.blogspot.com/2010/03/o-que-nao-quero-mais.html , as palavras são dela, mas poderiam, muito bem, serem minhas, pois é assim que me encontro hoje e isto que quero para mim.


O QUE NÃO QUERO MAIS

Tem gente perguntando se perdi a fé em Deus. Não! O que perdi foi a fé na idéia que eu tinha de que Ele existe para consertar a minha vida. Minha espiritualidade, descobri bastante envergonhada, sempre foi uma tentativa de convencer Deus a mover o universo a meu favor.

Há muitos anos li uma tirinha em que o Pateta da Disney dizia: “À minha frente tenho o norte, atrás de mim está o sul. À minha direita está o leste e à minha esquerda está o oeste. E daí? E daí que eu sou o centro do universo!”. O que para mim não passava de uma boa piada, de repente revelou-me a mim como um espelho. O centro era eu.

Aumentadas sempre em escala logarítmica, minhas necessidades cerraram-me os olhos para a busca do próprio Deus. Alimentada por discursos inflamados de pregadores cuspindo promessas e garantindo favores em nome de Javé, minha fé individualista cegou-me para a beleza da mensagem e do exemplo do Cristo: tudo nele apontava para o Pai. Ele sequer ousou dar testemunho sobre si mesmo. Também não ordenou que anjos o descessem da cruz. Pois quero abrir mão de uma religiosidade que tente convergir céus e terra a meu favor. Sei que não será fácil, nem rápido, nem indolor.

Há momentos em que é preciso coragem para dizer: "Meia volta, volver!". Duvidar, voltar, rever, repensar, nada disso deveria ser considerado covardia ou insanidade. É preciso coragem e coração tranquilo para negar os já tão cristalizados modelos escravizadores. Jesus, nosso Mestre a quem deveríamos imitar, é a chave para abrir as algemas de uma espiritualidade rasa e individualista. Nele é negada toda idéia de que Deus existe para satisfazer nossos desejos e transformar seus seguidores em homens e mulheres poderosos, ricos, bonitos e bem-sucedidos na vida.

O carpinteiro de Nazaré não se encaixou no modelo de messias que Israel esperava: não os libertou do poder de Roma, não acumulou riquezas, não obrigou ninguém a segui-lo nem teve ataques de megalomania. Ainda assim, marcou para sempre a história da humanidade. Seus ensinamentos, sua candura e sua capacidade de amar e compadecer-se foram suficientes para que homens e mulheres de todas as gerações seguissem seus passos com beleza, mesmo quando atingidos pela mais excruciante dor. De todos os testemunhos que ouvimos, os mais transformadores não são os que apontam para salvamentos, mas os que ensinam o viver corajosamente - lembrando sempre que a coragem sem medo não é coragem, mas sandice. Prossigamos então com simplicidade, brandura e bravura.

Diante da pergunta se Deus não opera milagres, afirmo que a questão deveria ser outra: Eu devo depender dos milagres para ser amiga de Deus? Contudo confesso, sem me punir, que não sei como alcançar esse patamar de desprendimento. Só sei que é o inverso do que eu andava vivendo e reconhecer isso, embora não seja suficiente, liberta-me para novas descobertas, com a promessa de que Ele ceará comigo todos os dias e me amará eternamente, ainda que boa parte dos cristãos me tenha por herege porque me recuso a acreditar que Deus seja salvador apenas de mim e deles e do nosso umbigo e do nosso gueto.

posted by AnaCris @ 1:31 PM

Todos os créditos do texto são da @anacrisgontijo