2.9.10



Meu nome é Andréa.
Não sou diferente de ninguém, mas também não há ninguém igual a mim.
Vejo gigantes onde não tem, e vejo anões onde pessoas vêem gigantes.
Sou minimalista, mas sou macro na forma de viver a vida.
Não me apaixono muito, mas vivo sempre apaixonada.
Nem sempre por pessoas, muitas vezes pelos instantes lindos que a vida proporciona.
Sou guerreira, mas nem sempre venço as batalhas que enfrento.
Entre o fogo e a água, sou na maioria do tempo a água.
Dizem que o fogo seduz, que o fogo envolve, que o fogo atraí... mas o ser humano não pode se lançar ao fogo sem sair queimado.
Sou água, na grande maioria das vezes, calma, tranquila e quem disse que a água não é envolvente?
Olhe para um espelho de água límpida e mesmo no inverno veja se não dá uma súbita vontade de lançar-se sobre ela...
Sou água, maleável, sigo o curso do rio, transponho pedras, barreiras e sigo o fluxo. Poucas coisas me detêm... apenas o sol causticante pode me deter, secando-me totalmente e evaporando-me, mas então, viro nuvem e precipito novamente em água.
Sou água... algumas vezes revolta, porque não só de calmaria vive a água...
Sou água densa...
Sou a água que acalma e acalenta, a água que refresca e que sacia sedes...
Não quero ser fogo para consumir a vida de ninguém.
Se alguém se afogar em minhas águas é porque não aprendeu a nadar.
Sigo errando, mas vivendo de acertos.
Não me acomodo. Estou sempre buscando algo de melhor para mim, mesmo que não encontre. Porque no final, ao menos a vida não passou por mim.
Não culpo Deus ou os problemas que tive na vida, do que não aconteceu ou do que aconteceu e poderia não ter acontecido nela. Não os culpo por coisas que não deram certo, por pessoas que perdi ou por oportunidades que eu mesma deixei passar.
Na verdade, a vida é um fluxo, perder e ganhar é “fifty to fifty”.
Só não desisto. Não porque ache que quem desiste são os fracos, porque desistir não tem a ver com fraqueza, algumas vezes, em algumas coisas, temos mesmo que desistir. Tem coisas que são melhores não acontecer.
Não desisto é da vida. De tentar ser feliz.
Não tenho grandes talentos, não sou a perfeição, não sou a Vênus de Milo, não sou a Gisele, não sou Madre Tereza, não me visto como a Lady Di se vestia, não preciso da vida de Paris (Hilton)....
Mas o que tenho, o que sou, procuro melhorar a cada dia, a dar o melhor de mim em tudo. Nem sempre o meu melhor é o melhor para alguém, mas não importa, aprendi que tem que ser o melhor para mim.
Amadurecimento e aprendizagem é o que me fazem ser hoje o que sou. Amanhã posso ser outra Andréa, porque o amadurecimento de hoje pode ser pouco amanhã.
Nem tudo, nem pouco, o suficiente para hoje e para amanhã...
... Sou Andréa.

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