20.4.10

Blindem-me!


Queria o espírito blindado
O coração fechado como carro forte
Que só se abre com chave de segurança

Queria a mente fria
A insensibilidade aparente
Para não ter a alma invadida

Queria a frivolidade
Com que brincam a mocidade
De beijos fortuitos e entregas vazias

Mas sou carne vermelha
Com sangue exposto
Mesmo depois de tanto soco

Sou coração latente
de alma pungente
e mente eloquente

Troquem minha alma
Por uma alma menor
Por uma mais forte

Menos contundente
Menos visceral
Mas mais resistente

Blindem meu coração.


Por Andréa Lima - BH City (tonight)