16.7.11

Do Rancor e da Brevidade da Vida

Às vezes vejo tanto rancor guardado na vida de algumas pessoas, principalmente parentes, que ficam guardando nos seus corações este bichinho tão horroroso, querendo a todo custo dizer: eu tenho razão, eu estou certo e não dou o braço a torcer.

São na sua maioria pessoas inteligentes, que deveriam no alto desta inteligência perceber que a vida é limitada, que em breve vão morrer. Não percebem que ficar cultivando raiva e rancor de pessoas que lhe são caras e dar às costas a elas só porque não concordam com o modo de vida e com as pessoas que escolheram para viver consigo só aumenta a distância e que as privam de viver momentos agradáveis ao lado destas pessoas.

E a vida vai passando e o rancor fazendo morada e aumentando... até que um dia a própria morte bate à porta e a pessoa atina que perdeu tanto tempo longe, ai quer perto, mas já é tarde. O rancor já fez estrago.

Por isto, não é difícil encontrarmos em enterros aquelas pessoas desesperadas que não choram ou pranteiam, mas literalmente gritam ou arrancam os cabelos, querem pular nas tumbas e fazem escândalos. Geralmente estas são as pessoas que ficaram guardando o ódio, o ressentimento, a raiva e o rancor. Ai se desesperam porque já não há mais nada a ser feito. E todos estes sentimentos são substítuidos pelo remorso e a culpa.

Percebem como é miserável a vida de pessoas assim? Elas carregam sentimentos negativos a vida toda e morrem ressecadas e murchas porque não aprenderam o sentido da palavra perdão.