20.2.11

Velhas Árvores


Velhas Árvores - Olavo Bilac


Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres da fome e de fadigas:
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.
Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo. Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,
Na glória de alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!

Perto dos meus 39 anos peço a Deus que eu seja como a árvore deste poema de Bilac, que todos que a mim vierem possam encontrar abrigo, sombra, amizade, bondade, serenidade e alegria aos que dela necessitam. Estou ainda longe disto, mas é o que quero buscar daqui pra frente a cada dia mais.

Quero envelhecer sem lamentar o tempo, mas agradecendo por vê-lo me moldar e que seja com saúde e sabedoria, que é tudo que sempre orei pedindo a Deus em minha jornada. Sabedoria como a de Salomão, coração como o de Davi e a alegria dos que permanecem aos pés de Cristo.

Um brinde à idade que se aproxima e que seja uma passagem serena a de Balzac para a Loba.

12.2.11

A Maldição da Dona Baratinha


Já ouviu falar da Maldição da Dona Baratinha?


Não? Então eu vou contar... vocês que são mães e pais, prestem bastante atenção. Não inflijam as suas crias esta maldição.

Tudo começou com uma meninha loirinha de seus 5 aninhos de idade. Pele branquinha, cabelos loiros ondulados, olhos verdes. Por conta destas características sempre era chamada para daminha de casamentos, peças de teatro na escolinha e para dançar e cantar.

Bem, nossa personagem foi escalada para participar da peça da Dona Baratinha que tinha fita no cabelo e dinheiro na caixinha. Participou e desempenhou seu papel com maestria, não esqueceu a letra da musiquinha, o momento de entrar, o momento de falar. Enfim, esmeirou-se ao máximo para fazer jus ao papel principal, afinal era uma honra ser a dona Baratinha, que por ter achado dinheiro e ter no cabelo um lindo laço era mui cortejada. Primeiro veio o boi, mas seu mugido assustava a dona Baratinha, depois veio O sr. Burro, mas dona baratinha achou seu zurro muito alto e barulhento, então veio o cabrito e em algumas versões da história ainda aparecem outro bichos, até que apareceu Dom Ratão, todo eloquente, discreto e educado. Dona Baratinha não teve dúvidas e marcou seu casamento com ele, porém Dom Ratão também tinha seu defeito, era muito glutão, tão glutão que se pendurou na panela de feijão e caiu dentro dela. E foi achado ali, depois que todos preocupados foram procurar por ele achando que ele havia abandonado a pobre Baratinha no altar.

Ficou tão envergonhado que desapareceu no mundo. Dona Baratinha à partir deste dia ficou mais exigente e segundo reza a história ficava na janela a cantar para os solteiros a musiquinha que lhe rendia tantos pretendentes.

Tá, você a esta altura deve estar se perguntando, aonde entra a maldição da Dona Baratinha? Bem, reza a lenda que depois desta menininha, há exatos 33 anos e 11 meses, todas as menininhas que representam esta peça passam a vida na janela, cantando a musiquinha, passam todos os pretensos pretendentes, mas ao final, passados muitos anos, elas ainda estão na mesma janela esperando a vinda do seu Baratinho. O detalhe é que a Dona Baratinha fica enrugadinha, o laço anda desbotadinho e o dinheiro da caixinha já não tem mais o valor de antes.

Então pais e mães, atentem para a Maldição da Dona Baratinha e não inflijam a suas lindas menininhas este papel de dona Baratinha.


Texto por Andréa Lima (esta que vos escreve)

6.2.11

'Your Song' Ellie Gounding

Encontros nos Desencontros

Quando te encontrei, não estava te procurando.
Coração quebrado no peito, decepções.
Quando te encontrei não estava te esperando
A dúvida e a desconfiança ainda batiam à minha porta.

Quando te encontrei, você não estava me procurando
Coração quebrado no peito, decepções
Quando te encontrei, você não estava me esperando
A dúvida e a desconfiança batiam à sua porta.

Quando nos encontramos
Corações quebrados no peito
decepções....
Quando nos encontramos
Desesperança, dúvida
Desconfiança

Estas foram nossas bases...
Tentei construir uma história...
dois anos passados...
idas e vindas,
história fragmentada.
Confiança criada aos poucos... intimidade...
mas ainda desencontros... vidas quebradas.

Quando me despedi, não queria ir
Coração quebrado, tristezas
Quanto me despedi...
O amor pulsava no peito.

E por mais que me despeça...
ainda estarei aqui
... e o amor pulsa no peito.


Texto por Andréa Lima.