12.2.11
A Maldição da Dona Baratinha
Já ouviu falar da Maldição da Dona Baratinha?
Não? Então eu vou contar... vocês que são mães e pais, prestem bastante atenção. Não inflijam as suas crias esta maldição.
Tudo começou com uma meninha loirinha de seus 5 aninhos de idade. Pele branquinha, cabelos loiros ondulados, olhos verdes. Por conta destas características sempre era chamada para daminha de casamentos, peças de teatro na escolinha e para dançar e cantar.
Bem, nossa personagem foi escalada para participar da peça da Dona Baratinha que tinha fita no cabelo e dinheiro na caixinha. Participou e desempenhou seu papel com maestria, não esqueceu a letra da musiquinha, o momento de entrar, o momento de falar. Enfim, esmeirou-se ao máximo para fazer jus ao papel principal, afinal era uma honra ser a dona Baratinha, que por ter achado dinheiro e ter no cabelo um lindo laço era mui cortejada. Primeiro veio o boi, mas seu mugido assustava a dona Baratinha, depois veio O sr. Burro, mas dona baratinha achou seu zurro muito alto e barulhento, então veio o cabrito e em algumas versões da história ainda aparecem outro bichos, até que apareceu Dom Ratão, todo eloquente, discreto e educado. Dona Baratinha não teve dúvidas e marcou seu casamento com ele, porém Dom Ratão também tinha seu defeito, era muito glutão, tão glutão que se pendurou na panela de feijão e caiu dentro dela. E foi achado ali, depois que todos preocupados foram procurar por ele achando que ele havia abandonado a pobre Baratinha no altar.
Ficou tão envergonhado que desapareceu no mundo. Dona Baratinha à partir deste dia ficou mais exigente e segundo reza a história ficava na janela a cantar para os solteiros a musiquinha que lhe rendia tantos pretendentes.
Tá, você a esta altura deve estar se perguntando, aonde entra a maldição da Dona Baratinha? Bem, reza a lenda que depois desta menininha, há exatos 33 anos e 11 meses, todas as menininhas que representam esta peça passam a vida na janela, cantando a musiquinha, passam todos os pretensos pretendentes, mas ao final, passados muitos anos, elas ainda estão na mesma janela esperando a vinda do seu Baratinho. O detalhe é que a Dona Baratinha fica enrugadinha, o laço anda desbotadinho e o dinheiro da caixinha já não tem mais o valor de antes.
Então pais e mães, atentem para a Maldição da Dona Baratinha e não inflijam a suas lindas menininhas este papel de dona Baratinha.
Texto por Andréa Lima (esta que vos escreve)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
6 comentários:
Adorei Déa! Beijos
Déia, adorei o texto.
Passo aqui de vez enquando.
Seus textos estão muito lindos.
Adorei o vídeo com a musica do Elton Jonh na voz da joven. Bjs.
- " Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem.
- Brecht nos ensina muito bem, que não devemos estabelecer como juízo a primeira visão, mas o contexto no qual ela se insere.
- A nossa Baratinha, por motivo forte, se desfez da idéia do primeiro casamento, passando a ser mais exigente para contrair novas núpcias, com justa razão.
- Esta fora a situação na qual ela esteve inserida.
- Será que para a menininha de cabelos loiros e cacheados, que bem interpretou seu papel, a situação contextual fora a mesma?
- Deus escolhe as pessoas que irão dividir a laranja com as outras e, a metade da laranja da loirinha ainda não chegou, mas vai chegar.
- Adorei a narrativa. Parabens.
-Para quem não sabe, o Marco Antônio é o meu pai!!! Pai... amei suas palavras. Obrigada por comentar e por deixar tão sábias palavras... Tou esperando a metade da laranja e sei que quando vier, virá docinha e no ponto para mim.
-Manu, irmãzinha, que bom que amou. Te amo tbém.
- Websalga, meu querido Paulo, sinta-se à vontade para sempre vir dar uma olhadinha. Obrigada pelas palavras.
Bjos em todos vcs.
Maldição da Dona Baratinha?
Que coisa mais bizarra! Desculpa!
Sua criatividade é boa, porém quem é que vai acreditar nisso?
Bjos
Querido(a) Anônimo(a),
Claro que não existe maldição da Dona Baratinha, isto é apenas uma ficção, uma história. Não existe tal maldição.
Isto é apenas um conto... rsrsrsrs... Obrigada por comentar.
Abraços.
Postar um comentário